Compreendendo o homem como um ser de razão,
verificou-se no desenvolvimento do processo histórico situações que trataram o
preconceito em sua definição genérica assim como materializada contra a
filosofia. Ou seja, opiniões emitidas apressadamente, precipitadamente, sem a
preocupação de examinar com o devido cuidado o assunto sobre o qual se está
opinando a fim de conhece-lo melhor. Tales de Mileto sofreu preconceito como
filósofo, porém, demonstrou já em seu tempo que suas investigações lhe valeram
reconhecimentos através de vários feitos históricos. Isto é, Tales foi
considerado o primeiro filósofo da história, pois, por exemplo, previu eclipses
e identificou constelações, o que o tornou o pai da astronomia; criou o
conceito e o sistema de irrigação, propôs teoremas, o que o tornou o pai da
engenharia e grande matemático. Ou seja, Tales foi o primeiro a dar respostas
racionais e demonstrações lógicas, sem recorrer aos mitos. No desenvolvimento
da democracia ateniense, Sócrates, que sofreu preconceito, defendeu a
democracia popular de forma fervorosa. Ou seja, colaborou para com a
consolidação da democracia direta em Atenas, em que ‘todos’ podiam participar.
Na extensão das considerações sobre a filosofia e sua relação com os homens,
verificou-se em Antonio Gramsci, filósofo italiano, que todos somos filósofos,
bastando apenas separar aqueles que são especialistas, daqueles
que são ‘filósofos’. Isto é, respectivamente: especialistas
são aqueles que pensam, refletem, raciocinam segundo as regras da lógica e os procedimentos
metodológicos, segundo a história da filosofia; já, ‘filósofos’ ,
são aqueles que representam todas as outras pessoas que são potencialmente
capazes de avançar de um filosofar espontâneo, assistemático, restrito ao senso
comum, para um filosofar mais elaborado e rigoroso, semelhante ao praticado
pelos filósofos especialistas. Logo, saber e/ou opinar sobre
alguma coisa distinguem-se uma vez que saber é algo demonstrável, verdadeiro,
independe de opiniões particulares; já opinar define-se como sendo opinião sem
fundamento(particular). Isto é, a filosofia de consciência deve ser , por
exemplo, de conjunto, isto é, tomar o objeto em questão não de forma isolada e
abstrata, mas numa perspectiva de totalidade, levando em consideração os
diversos fatores que, num dado contexto, o determinam e condicionam. Ainda na
extensão das considerações sobre filosofia e os homens, é oportuno ressaltar a
importância da noção de corporeidade, ou seja, tomar os desafios que o fato de
ter um corpo traz: ‘os desafios de sermos animais entre os outros animais na
contemporaneidade. Relação entre a forma do corpo humano e a construção da
humanidade tal como a conhecemos atualmente em outras disciplinas como:
historia, biologia, sociologia, sexualidade, etc. Assim como a filosofia da
linguagem que coloca em destaque, através da linguagem articulada, a construção
das relações representada por uma teoria da comunicação voltada principalmente
à familiaridade dos objetos, relações de objetos e eventos.
Em suma, ainda que de forma resumida, foi
possível destacar os constituintes que estabelecem a relação que ressalta a
formação do homem em seu sentido antropológico-filosófico. Logo, a indicação, o
reconhecimento e a preocupação em desvelar e destacar aos estudantes de
filosofia, os fatores que elevam o ser humano à condição de ser racional.
Como complementação das considerações em torno da
Antropologia Filosófica,
pode-se ressaltar que é a antropologia encarada metafisicamente; é um ramo da filosofia que investiga a estrutura essencial
do Homem. No entanto, este, o homem, ocupa o centro da
especulação filosófica, sendo que tudo se deduz a partir dele; a partir dele se
tornam acessíveis as realidades, que o transcendem, nos modos de seu existir relacionados com essas realidades. Ou
seja, a antropologia filosófica é uma antropologia da essência e não das características humanas. Ela se distingue
da antropologia mítica, poética, teológica, e científica natural ou evolucionista por dar uma interpretação basicamente ontológica do homem. Immanuel Kant definiu
a antropologia como ‘a’ questão filosófica por excelência, uma vez que a
filosofia enquanto tal tomaria ao seu encargo quatro grandes problemáticas:
a metafísica, a ética, a religião e a antropologia, considerando que todas a três primeiras não
seriam senão partes da última, pois todas elas remetem, em última análise, ao
problema do humano.
(DANIEL ARAÚJO-administrador e colaborador do site/blog).
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